Foi o PS confrontado com a colocação no Programa das Comemorações do Aniversário da Fundação da Cidade de Tomar, com uma dita “Apresentação do Plano de Acção de Tomar 2007-2013”.
Tal Plano de Acção não existe, não foi apreciado em nenhuma reunião de Câmara ou Assembleia Municipal, existindo tão só um documento intitulado “Tomar 2015 – uma nova Agenda Urbana, documento de trabalho”, da responsabilidade da CEDRU e datado de Janeiro de 2008, o qual foi distribuído aos Vereadores da Oposição na passada Sexta-feira, já depois de divulgado o Programa das Comemorações do 1º de Março.
Podendo tratar-se eventualmente da mesma questão, consideramos que a apresentação do dito “Plano de Acção”, prevista para o dia 1 de Março, constitui um total desrespeito pelos órgãos do Município e das Juntas de Freguesia, que só tem paralelo com a aprovação intempestiva da Proposta de Carta Educativa que encerra todas as Escolas nas Freguesias de Olalhas, Junceira, Alviobeira, Além da Ribeira, Pedreira, Sabacheira e Beselga.
Nada do que será apresentado é do conhecimento dos Autarcas, foi discutido, deliberado para ser presente a discussão pública, ou reflecte minimamente o contributo de quaisquer autarcas, que não eventualmente alguns do PSD, para uma qualquer estratégia para o desenvolvimento da Cidade ou do Concelho.
Um documento deste tipo, essencial para consubstanciar eventuais candidaturas ao Programa Operacional Regional do Centro, no âmbito do QREN, teve vários meses para poder ser elaborado e discutido, não o tendo sido ao contrário do que aconteceu por exemplo noutras autarquias do Médio Tejo, como por exemplo Torres Novas e Abrantes, que já há meses apresentaram a sua estratégia própria para o QREN.
Muito se estranha, não só o secretismo da sua elaboração, como o seu agendamento para apresentação no dia 1 de Março, tenta dar a ideia à população que é um documento final e a posição oficial do Município sobre as eventuais candidaturas ao QREN, o que não é de todo verdade.
Este tipo de atitude por parte do executivo PSD é inqualificável do ponto de vista ético, e procura deliberadamente induzir os Tomarenses em engano, visando que este assuma como final um estado de arte, que pouco mais não é que um projecto ainda incompleto, apontado para “obras” e “intervenções” que pelo facto de ultrapassarem este mandato autárquico, exigem uma maior audição e envolvimento do que aquele que está a ser pretendido realizar.
Ao não discutir os Investimentos que estão a ser programados até 2015, com todas as forças políticas com representação no Município, não está inclusive o PSD a respeitar a Lei que define o Estatuto da Oposição.
Ao colocar esta apresentação no dia 1 de Março, sem qualquer deliberação de qualquer órgão de Município de suporte, cria esta maioria PSD uma inútil e estéril divisão na sociedade Tomarense, procurando com nítida MÁ FÉ afastar uma parte, cada vez mais maioritária dos representantes da população, da discussão e contribuição para a execução de investimentos que se realizarão, na sua maior parte, no decurso do próximo mandato autárquico.
No sentido de tentar anular este acto unilateral e desprovido de qualquer nexo, solicitou já o PS a convocação urgente da Conferencia de Representantes de Grupos Municipais da Assembleia Municipal, apelando no entanto e desde já ao PSD, para que se coíba de executar este acto ínvio de senso.