A concelhia do PS Tomar no passado dia 23 de
Março realizou mais uma sessão de discussão e debate com a presença de dezenas
de pessoas. A convidada da noite, a Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS
Ana Catarina Mendes, tendo como anfitriões a Presidente de Câmara Anabela
Freitas e o Presidente de Concelhia Hugo Costa.
Num país que perdeu nos últimos anos de
Governação PSD-CDS mais de 400 mil pessoas para emigração, nomeadamente os mais
jovens e qualificados, não por opção, mas por necessidade, obriga-nos a
repensar as opções de estratégia de governação a tomar, esta foi a primeira
linha de pensamento que Ana Catarina Mendes nos deixou.
Criar uma agenda europeia exigente, a nível
dos governos nacionais, garantindo o crescimento da economia, com a criação de
emprego, foi uma necessidade enunciada. Nos últimos quatro anos existiram 130
mil pessoas que deixaram de receber o Rendimento Social de Inserção por motivos
administrativos, continuando na pobreza e neste momento 41% dos desempregados
não recebem qualquer prestação social.
A aposta numa rota de crescimento, com os
estruturais disponíveis em tempo, é a única forma de sairmos da atual situação,
sendo também um ponto colocado nas intervenções de Anabela Freitas e Hugo
Costa.
Num encontro que tinha como objetivo debater
a temática europeia, a deputada veio alertar para “o agravamento das
desigualdades sociais no país e na Europa, que colocam em causa o projeto
europeu de coesão social”. Convidada pela Concelhia de Tomar, a Vice-Presidente
da bancada parlamentar socialista lamentou “a insensibilidade das afirmações da
Ministra das Finanças sobre o estado dos cofres nacionais, orgulhando-se de
estarem cheios quando há milhares de portugueses com fome”. A criação de emprego
foi o foque da intervenção.
Para o deputado ouriense António Gameiro,
Presidente da Federação de Santarém, “esse é o principal motivo pelo qual a esquerda
tem de se bater no quadro europeu: criar emprego, gerar riqueza, produzir
desenvolvimento.” António Gameiro acrescentou: “enquanto a esquerda não
reassumir o seu papel de liderança humanista na Europa, os cidadãos vão
continuar a olhar noutras direções e situações como a que acaba de acontecer em
França (uma vitória da direita em eleições regionais) vão alastrar”. Para o
deputado do PS, “é necessário construir uma alternativa assente em valores, com
a qual as pessoas se identifiquem e que se traduza em soluções que as tirem da
pobreza em que o Governo mergulhou o país”.