Explanação dos Projectos Ambientais
ECO-PARQUE DO NABÃO
Parque Vieira Guimarães
Pólo do Sobreirinho
Centro técnico de canoagem
Gabinete de monitorização do Rio e da produção de energia
Cerca do Convento
A quinta de Marmelais, ou Quinta Vieira Guimarães, foi cedida por este ao Estado com vista a que ali fosse instalado um centro de investigação de olivicultura. Para além de mandar demolir a casa existente, que ao que dizem era mais bonita que a da corredoura, pois tinha até uma réplica da janela do capítulo, não há notícia que outra coisa significativa se tenha levado a cabo naquele espaço.
A quinta possui uma área aproximada de cinco hectares e confina com o rio. Acautelado que seja o respeito pelo espírito de serviço público que enquadra a doação bem como o necessário entendimento com o ministério titular do imóvel, há que potenciar a utilização daquele espaço em favor do concelho e seus habitantes.
Por outro lado é notória a carência em Tomar de um equipamento vocacionado para a educação ambiental, acompanhada por actividades de lazer e recreio sempre relacionadas com o ambiente e os novos comportamentos perante o mundo e seus recursos naturais.
Conjugando os pressupostos acima expostos, apresento na minha candidatura à Câmara Municipal, como um dos pontos de concretização programática, o propósito de levar a cabo a criação de um parque ambiental designado Eco-Parque do Nabão
Tratando-se, numa primeira fase apenas um parque, o Parque Vieira Guimarães, o projecto pretende vir a constituir-se numa rede de equipamentos vocacionados para o lazer e educação ambiental.
Será um espaço polivalente estruturado em torno de um Centro Coordenador de Actividades.
Para além da gestão do espaço e dos seus confortos básicos – cafetaria, equipamentos de ar livre, etc., as acções a dinamizar pelo referido centro terão como tema aglutinador o Vale do Nabão bem como o rio e suas margens.
Desta forma terão enquadramento diversas actividades:
Praticas desportivas nos domínios da pesca e canoagem;
Promoção de actividades de recriação da vida do rio noutros tempos;
Arquivo e exposição de materiais relacionados com o rio;
Promoção de rotas pedestres e circuitos btt dentro do concelho com vista a promover a riqueza patrimonial das zonas rurais – rotas da água, da romanização, açudes e rodas, o rio e a indústria, o rio e a energia, descoberta do aqueduto do Pegões, aldeias do concelho, fauna e flora do vale do Nabão, de entre outras possíveis;
Coordenação e manutenção de pistas para a prática da pesca desportiva.
Todas estas acções deverão cumprir os necessários objectivos quer nos domínios da educação, quer na promoção do ecoturismo e turismo activo.
Igualmente se prevê a instalação de um eco-parque de campismo (os carros ficam à porta) vocacionado para grupos e campos de férias;
Bem como hortas pedagógicas com componente pecuária a serem utilizadas em articulação com as escolas do concelho.
Numa segunda fase prevê-se a construção de um equipamento muito inovador e com grande poder de divulgação de Tomar e consequente atracção de visitantes: uma lagoa específica para banhos dirigida a utilizadores com condicionamentos físicos, nomeadamente visuais ou motores. Trata-se de um tipo de equipamento com recente aplicação, e em expansão em todo o mundo, que permite a este tipo de utilizadores usufruir do banho de lazer em ambiente natural, enriquecido pela informação (e conhecimento directo) especificamente dirigida sobre a fauna, flora e outras características do local. É uma ideia que trará excelentes resultados como proposta de inclusão e oportunidade de fruição para todos.[i]
Como objectivo a cumprir posteriormente, será estabelecido, em articulação com o Eco-parque, o Centro de lazer do Sobreirinho, freguesia de Além da Ribeira. Este centro será determinante como ponto referencial para a exploração das rotas históricas e naturais que são particularmente ricas naquela Zona do Concelho.
Ainda como pólo secundário desta rede de equipamentos dedicados ao ambiente deverá ser considerado, a montante da cidade, na zona da várzea da fábrica de fiação um centro técnico de construção e reparação de canoas e barcos com pesquisa das artes ancestrais, a incluir o estudo da construção das “rodas”.
Todo este projecto deverá ser articulado com a vertente energética e de segurança relativa ao rio sobre o qual se manterá uma permanente monitorização e cuidado na limpeza e melhoria das suas condições.
Haverá uma permanente articulação com o plano de protecção especial de cheias – a implementar
Será encarada a possibilidade do seu aproveitamento na instalação de “mini hídricas” de fio de água onde se verifique possível sem comprometer o perfil do rio nem perturbar os ecossistemas presentes. A par com eventuais instalações de base foto voltaica no concelho, poderá cumprir-se o duplo objectivo da defesa do ambiente e da compensação financeira.
Estabelecer-se-á, desta forma, uma rede de equipamentos que poderão trazer a Tomar um novo prestígio no domínio ambiental, assim como constituir janela de visibilidade para um turismo cada vez mais consciente do respeito pelo ambiente e do respeito pela ideia de inclusão, do derrube de barreiras e direito de fruição para todos.
É um projecto que servirá de base para futuras iniciativas relacionadas com a água e o meio ambiente. As condições específicas do concelho de Tomar poderão determinar uma atitude de vanguarda neste domínio. A albufeira do Castelo de Bode, o vale do Nabão, os pontos chave na nascente e foz do rio, bem como o seu percurso marcado pelos açudes industriais, constituem matéria particular que carece atenção e valorização.
[i] O arquitecto Carlos Mourão Pereira, invisual, tem desenvolvido um trabalho pioneiro nos domínios da água, da sustentabilidade e do design inclusivo. O apoio a banhos de mar da praia de Paimogo, concelho da Lourinhã marca o início, a nível mundial, de mais este derrube de barreiras. Para além de outros projectos em Itália, Eslovénia e Suíça, também em Portugal o município de Grândola já se interessou por esta solução. Vale a pena consultar:
http://www.carlosmouraopereira.com/
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=27774&op=all
OBJECTIVO ZERO 2017
Articulado com agenda XXI local, aprovada por proposta PS em A.M.
Este plano assenta num conjunto de medidas e investimentos que visam atingir uma sustentabilidade plena do concelho de Tomar até 2017.
O objectivo emissões zero será procurado através de três vectores:
. poupança de energia
. produção de energia
. aumento de área de absorção de CO2
Sustentabilidade dos edifícios
. da autarquia através do aumento da eficiência energética dos mesmos e da microgeração de energia – prioridade para os de maior consumo
Piscinas
Pavilhão municipal (parque)
Mas igualmente em escolas
. Apoio técnico e aconselhamento em relação aos edifícios particulares
. Incentivos à obtenção de uma boa classificação energética em edifícios novos e à subida de dois escalões nas construções existentes
. Acções de sensibilização com vista à poupança de energia em edifícios
Intervenção no domínio da mobilidade sustentável – plano de mobilidade sustentável
. Rede eficaz de ciclovias
. Projecto PEDAL-AR
Serviço de bicicletas de utilização pública – 1ª fase – uso turístico com unidades eléctricas para subida ao convento
. Revisão geral da mobilidade rodoviária orientada para a redução de distâncias, criação de percursos mais eficazes, redução de tempos de espera
. Implementar, a partir de 2013, espaços de circulação rodoviária exclusivamente eléctricos
. Redução de veículos municipais a combustão e posterior reconversão para eléctricos
Melhorar a sustentabilidade do território concelhio
. Sustentabilidade dos espaços públicos
Rede de rega com água não tratada
Desenho de espaços públicos e aplicação de materiais de baixa manutenção
. Aumentar a área de coberto arbóreo em 10%, a cada quatro anos
Incentivando a reflorestação
Por acção directa do município
. Incentivar a microgeração de energia
Educar e sensibilizar
. Promover acções, concursos e projectos com vista a uma participação activa da população no Objectivo Zero