DECLARAÇÃO DE VOTO
Mesmo tratando-se apenas da aprovação de minutas de contrato, em abono da verdade, por diversas formas rasuradas, o que não nos parece a forma própria de apresentação das mesmas, somos a produzir a seguinte declaração:
Não podemos deixar passar em claro as razões porque surge e foi aprovado, com a nossa abstenção, o pedido de autorização de mais um empréstimo bancário por parte da autarquia.
Deve-se esse facto:
Uma má gestão e de deficiente visão global do funcionamento do município por parte deste Executivo.
Uma má gestão politicamente danosa agravando ainda mais a situação económico-financeira dos munícipes do nosso Concelho.
Uma má gestão que não sabendo encarar e disciplinar as finanças do Município, aproxima cada vez mais a Câmara do abismo da falência.
Uma má gestão dos fundos próprios da Câmara durante estes longos anos de má governação, que obriga agora com a corda na garganta, a socorrer-se do mais fácil:
Um contrato de empréstimo a médio e longo prazo, de forma a ter que o fazer para pagar alguns dos actos de má gestão e fraca visão dos empreendimentos e acções realizadas.
Quem paga?
O povo tomarense através dos seus impostos e taxas.
Porquê?
Pela incompetência e má gestão desta Câmara, que não soube aprovisionar ou acautelar os fundos necessários para algumas obras que se apresentam essenciais neste documento, tendo gasto verbas em outras perfeitamente despropositadas e que serviram para alimentar o ego de alguns, quer por vaidade ou teimosia.
Assim aproveitamos para exigir mais uma vez a responsabilização nominal pelo processo Parque T, que temos vindo a alertar desde 2004.
As obras apresentadas como fundamentais (excepção da rotunda ou Fonte Cibernética) para o empréstimo e a obrigatoriedade de pagamento das despesas do processo judicial do Parque T, por sentença judicial somos de opinião quer num caso como factor de desenvolvimento, quer no processo judicial porque o Município deve ser o primeiro a cumprir a lei, têm toda a razão de fundamentar esse documento.
No entanto lamentamos que tenha que ser através de outro contrato de empréstimo bancário que vai ainda onerar mais a vida dos tomarenses, tudo porque esta maioria PSD não tem sabido gerir as finanças da Câmara Municipal de Tomar.
Má gestão nitidamente comprovada na aprovação deste empréstimo, unicamente com os votos favoráveis do PSD.
Em face dos elementos atrás citados e realçando que entendemos a oportunidade da causa do empréstimo, não o podemos aceitar porque é sinal que concordaríamos com a má gestão que tem sido feita e que levaram a que ele surgisse.Razões do fundamento da nossa votação traduzido na abstenção, sendo certo que há que dar execução às deliberações tomadas.
Tomar, 25 de Novembro de 2008, o Vereador Socialista, Carlos Silva