segunda-feira, fevereiro 02, 2009

MEDIDAS CONTRA A CRISE: DECLARAÇÃO DE VOTO DO PS

Após a aprovação de inúmeras propostas, do PSD e dos IpT, sobre a crise económica e social e da recusa de praticamente todas as 17 propostas do PS, o Vereador Carlos Silva apresentou a seguinte Declaração de Voto:


Completa-se hoje um mês desde que o PSD decretou para Tomar “uma grave crise económica e social”. Desde então assistimos a uma reunião da Assembleia Municipal, à apresentação, mais de três semanas depois, de diversas propostas para minorar a referida crise, e esperaríamos que as conclusões desta reunião apontassem caminhos claros e objectivos.

O PS pretendeu neste processo não prejudicar quaisquer propostas, vindas de outros, no seu habitual registo de responsabilidade. Tivemos em atenção, nomeadamente as que melhoram alguns dos aspectos dos regulamentos já em vigor, ou as que objectivam medidas concretas, como as entretanto aprovadas, para algum maior conforto à população do Concelho.

Após mais de quinze anos de estratégias desacertadas e claros erros de gestão pública, como temos vindo sucessivamente a denunciar, com consequências cada vez mais gravosas para o nosso futuro colectivo, mantemos a nossa postura de tolerância, apanágio dos que sabendo a razão que lhes assiste, apenas olham para as dificuldades como estímulo à pertinácia da sua actividade.

As propostas entretanto aprovadas de uns e outros, tíbias no alcance, sem quaisquer estimativas de impacto orçamental causam no PS, e estamos certos que na generalidade da população, a certeza que após semanas de “auscultação”, “análise” e “reflexão”, a MONTANHA pariu de facto, apenas é só, UM RATO!

Dos responsáveis da situação de degradação da vida quotidiana dos Tomarenses e da perda de relevância regional de Tomar, em quase duas décadas, pouco mais seria de esperar, sabemo-lo bem. Quem é responsável pelo problema, dificilmente faz parte da solução!

As propostas que o PS fez chegar até este executivo, mereceram da generalidade dos agentes económicos e associativos um vivo e reforçado interesse, apontavam e aprofundavam uma visão social da gestão da causa pública, apanágio dos socialistas em Tomar. Ao investir claramente no comércio e nas famílias, as propostas que o PS apresentou, na sua generalidade recusadas por esta maioria, respondiam aos problemas que nos afectam e reforçavam a esperança que a população coloca nos seus decisores políticos.

As propostas que o PS apresentou, pela maioria recusadas, criavam condições para o desenvolvimento do turismo, da indústria e do comércio. Recusaram propostas que apostavam nas famílias, tendo mesmo chegado ao desplante de copiar, quase literalmente propostas que fizeram aprovar, recusando propostas nossas só pelo facto de serem do PS. Sectarismo é o nome que se dá a essa atitude.

As nossos propostas tratavam diferente o que era diferente e igual o que era igual. Ao Estado e aos Municípios cabe essencialmente ajudar os que mais precisam e não ajudar aqueles que não precisam. A Câmara ao recusar parâmetros bem claros nas propostas do PS de limitarem aos mais ricos o apoio social, estabelecem mais injustiça no nosso Concelho.

Para uma maioria retrógrada e ultrapassada não está mal! Numa das áreas sempre mais polémicas nesta autarquia, a construção, a opção tomada é no mínimo MINIMALISTA, sem produzir justiça para quem decidiu, especialmente após 2004, adquirir ou construir casa, altura em que as taxas se tornaram um verdadeiro ROUBO aos cidadãos. O PSD optou por proteger os do costume, sem olhar a meios, critérios ou sentimentos de justiça e equidade.

Depois de tudo aprovado, cumpre perguntar se sabe esta maioria dizer quanto custa o que acabou de decidir?
Sabe responder a quantas pessoas melhoram estas propostas e vida concreta?
Sabe se contribuem estas propostas, para resolver o problema base de criação de riqueza, de empregos e de fixação de população?
Como sabemos a resposta a estas três perguntas é: NÃO!

Ao invés, as 17 Propostas do PS, custavam pouco mais do que 2 milhões de euros este ano, agravando em menos de 4% o orçamento em vigor, custando nos próximos anos pouco mais do que um milhão ao ano.
As nossas propostas, têm como estimativa base a recuperação de qualquer coisa como mil habitantes nos próximos cinco anos e a criação ou a manutenção de mais de duzentos empregos durante este ano.

O Impacto destas medidas afectaria, directa ou indirectamente a vida de literalmente TODOS OS HABITANTES DO CONCELHO. Afectaria, especialmente a vida dos mais EXPOSTOS á crise internacional que vivemos e reporia JUSTIÇA aos que MAIS FORAM PREJUDICADOS por quase duas décadas de desmandos e erros de gestão pública em TOMAR.

No entender do PS perdeu-se, com esta maratona do executivo municipal, uma ocasião especial de efectivamente melhorar a qualidade de vida dos Tomarense, com incidência particular com os que vivendo do Comércio, da Industria e dos Serviços, têm nestes baixas remunerações e são obrigados a pagar os mais elevados serviços públicos de todo o Médio Tejo.

Vergonha, deveria ser o que cada um dos meus colegas de Vereação deveria sentir no final do que conseguimos aprovar, mas infelizmente para TOMAR, VÃO CONTINUAR A ACHAR QUE SÃO ELES A ESTAREM CERTOS E NÃO AQUELES QUE LÁ FORA, cada vez mais, PEDEM QUE SE VÃO EMBORA e nos deixem governar a Câmara em nome do Povo.