segunda-feira, julho 30, 2012

Câmara adia decisões sobre urbanismo e prejudica interesse público e promotores

A Câmara de Tomar continua a adiar problemas, neste caso no urbanismo, que sem resolução se vão arrastando prejudicando o interesse público e o dos promotores económicos privados, numa prática reiterada de vários anos.
Por isso mesmo, o vereador do PS presente, votou contra um processo, com a seguinte declaração de voto:

Em relação ao processo nº349/2002, presentes e compulsadas as informações nº2107/DOGT, de 29/6/2012, na sequência da deliberação de Câmara de 17/5/2012, tendo em vista o cabal esclarecimento do Despacho do Sr. Diretor da DOGT de 6/10/2011, sobre o processo, anteriormente informadas com os nº2517/2011 e 2622/2011 da DOGT e 235/LOT/10-DPF e a apresentação de propostas que visem sanar todas as situações suscitadas, propus que a Câmara tudo visto e analisado, deliberasse:

1.       Dar prosseguimento ao deliberado pela Câmara em 26/9/2006, altura em que foram aprovadas as obras de urbanização do arranjo do logradouro comum às UOPG7 e UOPG8, nomeadamente com a emissão do competente alvará, nos termos do já decido e constante a páginas 862 do processo; integrando a planta síntese que fará parte do competente alvará, assinalado a páginas 867 do processo, o prolongamento efectuado e possível da área das caves dos edifícios construídos e a construir, para além do polígono de implantação demarcado nos Planos de Pormenor (PP) das UOPG7 e UOPG8, no cumprimento dos respectivos nº10 e nº12 do Artigo 6º dos Regulamentos dos PP;

2.       Dar prosseguimento aos respectivos alvarás, registos e escrituras decorrentes das áreas de cedência obrigatórias, previstas nos respetivos PP das UOPG7 e UOPG8, nomeadamente os previstos nas obras de urbanização do arranjo do logradouro comum;

3.       Abrir o correspondente inquérito, visando apurar eventuais responsabilidades individuais e coletivas, face ao teor das dúvidas constantes nas informações compulsadas nesta deliberação, com especial incidência no interesse público e nos direitos dos promotores.

A Câmara não foi sensível à proposta apresentada, ficando por esclarecer dúvidas, justas, levantadas por todas as informações citadas e presentes no Processo, algumas das quais sem despacho ao tempo, como a 235/LOT/10-DPF, continuando-se a adiar uma decisão sobre este assunto e o correspondente inquérito. O adiar de decisões prejudica o interesse público, dado por exemplo não estarem registadas as cedências ao domínio público, apesar do Município já aí ter executado obras, bem como prejudica os promotores, que não podem concluir o processo iniciado com a deliberação de 2006.

Para o PS a defesa do interesse público e a promoção de investimentos privados, geradores de riqueza e de emprego, são perfeitamente compatíveis e devem ser, em tempo útil, desenvolvidos e conciliados, ao contrário do que vem sendo feito há Tomar há várias décadas, com os resultados, comparativos com Concelhos limítrofes, bem visíveis.

Por estas razões voto contra. O Vereador socialista, Luis Ferreira
[O vereador José Vitorino esteve ausente desta deliberação, por se achar impedido]