quinta-feira, julho 19, 2012

PS APRESENTOU DOIS REQUERIMENTOS SOBRE PROTEÇÃO CIVIL

Os vereadores socialistas Luis Ferreira e Anabela Estanqueiro, que substituiu José Vitorino por este se encontrar de férias, apresentaram dois requerimentos visando aferir o nivel de atenção e de execução na área de Proteção Civil, especialmente relevante num ano especialmente gravoso em termos climatéricos, só semelhante com o episódio meteorológico de 2004-05.

REQUERIMENTO
Tendo sido Proposto e aprovado em reunião de Câmara, no passado mês de Março a concretização de um Plano de contingência para o risco de Seca Hidrológica; e que na sequência desse Plano fossem propostas medidas de prevenção quer a nível da primordial e crítica gestão da água potável, quer de outros aspectos da vida quotidiana do Município que nos preparassem para o regime hidrológico excepcional que se previa.
Escrevia-se em Fevereiro de 2012, quando a proposta foi apresentada, que segundo informações oficiais do Instituto de Meteorologia (IM), Portugal esteve desde o início deste ano de 2012 em regime de seca meteorológica, semelhante à verificada entre os anos de 2004-05.
As últimas informações disponíveis então, na avaliação do final do mês de Janeiro, quer pelo referido IM, quer pelo respectivo observatório europeu, apontam para que no primeiro trimestre deste ano o problema se tivesse agravado, passando a seca meteorológica de moderada a severa e dando esta lugar a um regime de seca hidrológica.
O regime de seca hidrológica caracteriza-se essencialmente pela ausência de caudais nos cursos de água, a que corresponde a baixa significativa da mesma nos lençóis de água subterrâneos, que pode conduzir a uma secura severa ou extrema da generalidade da vegetação.
Só a título de exemplo, na zona de Tomar, desde Novembro de 2011 até Fevereiro de 2012, apenas caiu 10% da precipitação habitual para este período do ano.
Deve ainda considerar-se que mais de metade da água consumida em Tomar nos é fornecida pela EPAL, a qual tem também a responsabilidade por abastecer mais de 2 milhões de Portugueses.

Ademais junta-se hoje, Julho de 2012, a informação de que até ao final do mês de Junho, segundo o mesmo Observatório Europeu, o território que abrange o Concelho de Tomar, apesar das chuvas de Primavera, se encontrava em Seca Extrema, que é o nível de maior gravidade deste indicador.
As recentes ocorrências de índole ambiental, fogos, relevam para as consequências da referida seca extrema em que nos encontramos, lembrando-nos que a prevenção a todos os níveis, é relevante para a minimização das consequências dos extremos ambientais que se vivem nos últimos meses.
Assim, se requer informação sobre o referido Plano, áreas de intervenção e nível de concretização do mesmo.


REQUERIMENTO
Considerando que a prevenção é o aspeto essencial na política de gestão da proteção civil e que o legislador, vem encontrando soluções de pressão sobre os cidadãos, para que a limpeza dos terrenos, quer na envolvente das povoações, obrigando por exemplo a uma faixa de 100 metros de gestão de combustível no seu perímetro e uma de 50 metros na envolvente de todas as casas e anexos fora destas, quer no espaço florestal, obrigando a faixas de gestão de combustíveis de prevenção de fogos florestais, de como dispõe o DL 124/2006.
A referida disposição legal dá poderes aos Municípios no sentido de fiscalizar e de levantamento de autos, aos incumpridores.
É considerado como essencial para a política geral de prevenção de incêndios florestais, a devida fiscalização e sensibilização para o cumprimento do referido diploma, garantindo assim significativas áreas com diferentes velocidades de propagação, em caso de deflagração de incêndios.
Assim, se requer informação sobre o número de ofícios de sensibilização enviados para cumprimento do DL 124/2006, por semestre, desde o 1º de 2010 ao 1º de 2012. Mais se requer informação, no mesmo período semestral, sobre o número de autos levantados e receita gerada para o Município.