quinta-feira, outubro 04, 2012

Assembleia Municipal de Tomar chumba lei Relvas

Reunida ontem a Assembleia Municipal de Tomar, a mesma decidiu, naquele que era o ponto político mais importante, pronunciar-se pela manutenção das atuais freguesias do concelho de Tomar, aprovando assim o parecer apresentado pelo PS e aprovado na Câmara Municipal, bem como o parecer da generalidade das Assembleias de Freguesia.
Sabida a posição de todos os demais partidos, também o PSD, apesar de ziguezagueante acabou por votar favoravelmente pela manutenção do quadro de freguesias, tendo assim a proposta sido aprovada com apenas um voto contra, o do deputado não inscrito, ex-PSD.
Ficou bem expresso pela generalidade das bancadas, e com grande vínculo na bancada socialista, que o problema não está no princípio da necessidade da reorganização administrativa, mas sim na lei errada e na forma atabalhoada e autoritária como esta lei que não visa resolver nenhum problema, está a ser imposta pelo Governo.
Coincidentemente, ou talvez não, o Presidente da Assembleia Municipal de Tomar, e responsável político por esta lei, Miguel Relvas, não esteve presente.

O outro ponto da ordem de trabalhos, discutido em primeiro lugar, e que consistia na proposta da Câmara para aprovação de um empréstimo via governo central, para liquidação de dívidas a mais de 90 dias, populista e demagogicamente denominado, programa de apoio à economia local (PAEL), o que não corresponde à verdade como facilmente se constata pela lista de credores, foi reprovado por toda a oposição, sendo que a posição do PS era já conhecida,
Com alguns ânimos exaltados na bancada social-democrata, e seguramente informações erradas transmitidas pela sua câmara, foi notório naquela bancada uma crispação causada incapacidade de aceitar a opinião contrária, e uma grande falta de sentido democrático vinda de pessoas que ocupam funções políticas e públicas há largos anos e que são co-responsáveis em Tomar com o voto continuadamente favorável pelas opções erradas, mal planeadas, sem estratégia, sem fito no interesse geral de Tomar e dos tomarenses, como continuadamente se tem vindo a confirmar e que trouxeram o município e as suas contas, bem como o concelho e a economia local à situação que os tomarenses bem conhecem e sentem.
O PS regozija-se assim, por ter feito parte da força de bloqueio a esta medida que iria condicionar o município por catorze anos, e volta a afirmar, e muitas propostas tem feito para isso, que os problemas financeiros do município se resolvem principalmente, com uma gestão mais criteriosa e responsável e não, como até aqui tem acontecido, com um contínuo aumento da dívida, criando novas dívidas para pagar as existentes, e com isso criando mais folgas que permitam a contínua má gestão.