Num momento em que se esperava da parte do PSD uma atitude de incentivo ao trabalho que a governação socialista está a fazer na Câmara, procurando melhorar as normas e os procedimentos que, errada e infelizmente, se mantiveram nos últimos anos e que levaram a um enorme descontrolo financeiro, veio este de forma leviana, depois da publica divulgação que o Município fez da lista dos documentos dos 3,8 milhões de euros descobertos fora do sistema contabilístico, descartar a sua responsabilidade politica e exigir saber a que pelouros dizem respeito estes 3,8 milhões.
Os 3,8 milhões€ com assinatura do PSD |
Ora, teria bastado um pouco de estudo das faturas divulgadas, por parte dos vereadores e deputados do PSD, para poderem ter constatado que destes 3,8 milhões de euros, apenas um valor residual de cerca de 13 mil euros são dos pelouros da vereadora Rosário Simões (PSD), cerca de 2 mil euros se referem aos pelouros do vereador José Perfeito (PSD) e tudo o resto corresponde a faturações dos pelouros e das presidências de Corvelo de Sousa (PSD) e especialmente Carlos Carrão (PSD), que sempre foi o responsável político do setor financeiro, entre 1998 e 2013. Isto significa tão-somente que 95% das faturas divulgadas, devem ser imputadas à gestão da Divisão Financeira.
Todavia, esta direção do PSD de Tomar, seguindo a linha a que o PSD nacional nos tem habituando, vem faltando à verdade, com a tentativa de esconder fatos inelutáveis, passando uma esponja sobre anos sucessivos de gestão irresponsável e à deriva. Uma clara semelhança com conduta que continua a contribuir, pela sequência das suas políticas nacionais para o empobrecimento dos Portugueses e para um maior acréscimo de dificuldade das famílias (no nosso concelho e não só!). Refira-se apenas a título de exemplo, o feroz e insensível aumento de 1% do desconto para a ADSE aplicado a todos os funcionários públicos, já no próximo mês, que mais não é que a natural sequência das políticas desrespeitadoras de TUDO e TODOS, como a sua forma típica de atuar.
Exige-se pois o apuramento de TODA a verdade! O PS aguarda por isso, serenamente, que a sindicância solicitada em Fevereiro pela sra. Presidente da Câmara, à Inspeção-geral de Finanças, se possa realizar e aferir a verdadeira dimensão destes casos detetados e as suas consequências.
Nesse sentido – e porque parece ser uma atuação recorrente e histórica entre alguns políticos e autarcas do PSD, como há vinte anos aconteceu com Miguel Relvas, exige-se saber publicamente se não há atualmente autarcas do PSD em Tomar que tenham usado da “dança” das moradas, com objetivos de ou enganar os eleitores em eleições ou para posteriormente “melhorarem” as senhas das reuniões a que estão obrigados.