quinta-feira, junho 03, 2004

A VISITA DE ELISA FERREIRA A TOMAR - CONCLUSÕES

No âmbito da campanha eleitoral para o Parlamento Europeu a ex-ministra do Planeamento, Drª Elisa Ferreira, acompanhada por uma delegação do Partido Socialista visitou na 2 de Junho, as instalações do Programa Polis em Tomar, onde foi recebida pelo Presidente da Câmara Municipal, António Paiva.

Teria sido uma conversa completamente banal, integrado numa Campanha Eleitoral,se o Presidente da Câmara não manifestasse ao longo da sua conversa algumas incongruências. Banal porque a deputada socialista acompanhou grande parte dos assuntos que ali foram focados.

Mas António Paiva primou o seu discurso redondo por uma certa incoerência, a não ser que tais deslizes se tratassem de algumas daquelas tendências para "iludir a verdade" como tem feito ao longo de sete anos de mandato.

Só para se ter uma noção, recordamos que inflacionou o valor das receitas da piscina municipal, referiu que de momento se estava a estudar a hipótese de ficarmos com dois parques de campismo (não há fome que não dê em fartura!), ou que a grande divergência com o Partido Socialista relativamente à ponte a sul da cidade se prende com o facto de o PSD (leia-se António Paiva) pretender construir primeiro a ponte no Flecheiro e o nosso partido pretender primeiro a de S. Lourenço. Esta afirmação então é mesmo de bradar aos céus, toda a população em Tomar sabe que várias direcções locais do PS sempre se bateram contra tal monstruosidade.

O que António Paiva não explicou é a forma como vão ser tratados os proprietários dos terrenos a expropriar e quais os grandes negócios que se preparam para uns quantos investidores imobiliários que irão enriquecer à custa dos actuais donos.

Porém valha-nos isso reconheceu o valor elevado das taxas de saneamento e do preço da habitação, mas sem que desse quaisquer pistas para ultrapassar este obstáculo ao desenvolvimento do concelho. Lastimou-se imenso com facto de o Programa Polis se ir "esticar" até 2007, e que prefere ver o concelho insolvível do que deixar de construir mais uma "fontinha que jorra água quando lhe apetece e para passageiro de avião ver" (Fonte Cibernética).

Bem conhecedora dos dossiers a deputada do PS (que planeou muitos dos investimentos para Tomar) colocou algumas questões ao presidente que este titubeantemente tentou contornar sem conseguir disfarçar algum incómodo.

Gritante foi quando António Paiva foi colocado perante evidências referentes à comparticipação do programa Polis, e a "traição" que o governo de Durão Barroso resolveu cometer contra "o melhor presidente de Câmara do país".

Aí o silêncio ainda, que emoldurado num sorriso amarelo, foi o único argumento encontrado e nem mesmo o "choradinho" que o mesmo confessou não estar a fazer lhe valeu de nada, pois a contra-argumentação da deputada foi mais forte esclarecendo que as câmaras sabiam o que se estava a passar e não conseguiram em dois anos de governo PSD/PP resolver os seus problemas.

Enfim um mau número de António Paiva que está a perder as faculdades de "vendedor de banha-da-cobra". O Rei Vai Nu, e Tomar está falido! Obrigado senhor engenheiro pelo esforço, mas chegou a hora de dar novo rumo à sua vida, pois assim nem a capital da Comunidade Urbana nos salva!



Informação da responsabilidade do Secretariado da Concelhia do PS de Tomar