Declaração para acta
3ª Alteração às “grandes opções do plano e orçamento de 2008”
A maioria PSD na câmara de Tomar continua a mostrar que não sabe quais são as verdadeiras prioridades e necessidades de Tomar e dos tomarenses. Esta recente intenção de querer retirar dinheiro aos arranjos na Estrada Nacional 110 é disso mais um acabado exemplo.
Há muito que, quer as populações quer quem naquela estrada circula, em especial a partir da Rua de Coimbra, carece de mais segurança tanto para condutores como para peões, o que aliás mostra o abaixo-assinado que deu entrada na Câmara. Além do mais, com a ligação do IC9 ao IC3 a Nacional 110 desde o nó do IC9 nas Calçadas, assume-se definitivamente como o principal acesso norte à cidade, sendo o estado desse acesso também, e neste caso um pobre, cartão de visita.
Ora, ao invés de investir na segurança dos cidadãos e na melhoria dos acessos, para moradores e visitantes, a Câmara entende ser mais importante, gastar mais dinheiro depois de todo o que já lá foi gasto, na praceta Alves Redol ou mais em concreto, na rotunda da pirosa fonte cibernética como é mais conhecida.
Concordamos que aquela obra não tem nem nunca teve qualquer interesse. Concordamos que aquela obra foi errada, como sempre o dissemos. Concordamos que a obra em si, e o estado em que se encontra, nada tem que ver com a identidade da cidade, e até a envergonha.
Mas é preciso neste momento vincar uma vez mais – naquela obra, como em tantas outras erradas, mal planeadas, impingidas, quem tem responsabilidades, os que sempre se mostraram contra, ou os que as produziram?
Importante neste momento é, como sempre em política, e na boa gestão pública, ponderar o que é prioritário, o que é mais importante: a segurança dos cidadãos na EN110 ou mais uma obra de fachada, cujo principal intuito é apagar um erro, que é também o maior símbolo da errada, calamitosa, gestão do PSD na Câmara de Tomar desde 1997?
A resposta parece ser evidente, e portanto o PS só pode estar contra esta opção. As pessoas estão sempre em primeiro lugar, e a Câmara de Tomar não pode continuar impunemente a usar o argumento de que não tem dinheiro para fazer obras que todos entendem necessários, quando afinal o esbanja sistematicamente em erros de sua única responsabilidade, contra tudo e contra todos.